domingo, 3 de junho de 2007

Reinos Antigos

Ao contrário dos Aztecas, os Antigos Maias não eram construtores de impérios. Os Maias deram forma a estados independentes – Cidades Estado. A cultura comum, o calendário, a mitologia e a visão espiritual do mundo uniram estes povos e estados como Maias - Povo Verdadeiro, Halach Winik.
Cada Estado foi governado pela sua própria dinastia nobiliária. A nobreza Maia dominante reivindicou para si própria uma linhagem divina – era sua a linhagem de sangue dos deuses. Não existem dúvidas que existiam alianças entre os Estados, cimentadas por casamentos e acordos de comércio. Uma vasta rede de estadas pavimentadas e de rios, incluindo o vasto Usumacinta, facilitou o comércio e as deslocações entre Cidades.
Durante o período clássico, as grandes Cidades prosperaram na área de Peten, including Tikal, Uaxactun, Caracol, Copan, Yaxchilan, Piedras Negras, Calkmul e Palenque. Aparentemente caíram vítima a seu próprio sucesso e crescimento. Alguns acreditam, que as populações cresceram mais rapidamente do que a sua produção agricultura, impedindo assim o seu sustento. A classe de elite e os seus sucessores ficou envelhecida. As intervenções com o uso de força, usadas originalmente para capturar as vítimas para sacrifícios, transformaram-se em modo de vida. A profícua criação artística foi abandonada e substituída pelo escalada dos armamentos. Bastou uma geração, para destruição e queda da majestosa civilização clássica. Os povos Maia abandonaram suas cidades, juntamente com os seus entrincheirados lideres, e recomeçaram o seu desenvolvimento. Aquando das conquistas espanholas, o povo Maia estava já organizado em milhares de clãs agrários, baseados em comunidades espalhadas por todo o Yucatan.
Contrariamente à máxima “dividir para conquistar”, foi a estrutura política fracturada do povo Maia que impediu o sucesso das tentativas de conquista por parte dos espanhóis. Cortez poderia destruir completamente o império Azteca, simplesmente através da destruição de Tenochttilan. Mas para conquistar os Maias, seria necessário ganhar sucessivas batalhas com as centenas de clãs dispersos por todo o Yucatan.
A campanha dos estrangeiros para dominar e assimilar o povo Maia continua ainda nos dias de hoje. Durante séculos os povos Maia suportaram os infortúnios e agruras de desastres naturais e os ataques os ataques e humilhações de homens estrangeiros. Ao longo deste percurso, tiveram que modificar seus sistemas religiosos e políticos para sobreviver. No entanto, os Maias conservaram a originalidade e grandeza da sua cultura singular. Enquanto os gigantes farmacêuticos se apressaram para os roubar o seu conhecimento medicinal ancestral, e as nações ávidas de petróleo conspiraram para roubar o sangue preto do seu subsolo, e os arqueólogos varrem as ruínas de seus reinos, na procura de tesouros remanescentes, talvez nós estamos perdendo o maior dos tesouros que os Maias têm para nos oferecer: a força que os sustenta; essa resiliência que os ressuscita após cada tragédia; esse orgulho comunitário que os liga; essa maneira de vida dos povos Maia - Povo Verdadeiro, Halach Winik.

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